terça-feira, 25 de novembro de 2014

fácil...




Diz o anúncio do Vodafone Mexefest "a nova música volta a Lisboa". Responde o meu filho

-Mãe, vamos a Lisboa que há lá música nova.
- Não podemos, filhote.
- Porquê? É longe?
- Não... Mas não temos bilhetes e só quem tem bilhetes é que pode ir.

Sorriso aberto

- Não te preocupes... Eu faço bilhetes para nós! (Pausa enquanto olha em volta) Rápido, arranja-me uma tesoura!

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Inocência...





Quem me conhece sabe que A-DO-RO o Natal.  E, como gosto de mimar as pessoas na minha vida, tenho uma arca onde vou guardando as prendinhas para oferecer (e que vou comprando ao longo dos meses para ter a certeza de que ninguém fica sem lembrancinha).
Há uns dias o pipoca aproxima-se de mim, com um cabide na mão e dá-mo, todo contente, para eu pendurar o casaco dele.  Quando lhe pergunto onde foi buscar o cabide responde, inocentemente:

- Estava em cima daquela arca onde o Pai Natal vem buscar as prendas para dar a todos.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Disfarça que eu assobio...





O piolho foi comigo apanhar a roupa (no nosso páteo, que dá para as casas da rua de trás e onde, só por acaso, estavam bastantes vizinhos à conversa) e decidiu ajudar-me, gritando:
- Mãe, não te esqueças das coisas para as mamas!  (Vulgo soutiens).
Que imagem bonita para dar aos vizinhos que não conhecemos de lado nenhum...

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Não é para mim... É para o bebé!





Alguém teve os chamados "desejos" na gravidez?  Não estou a falar de guloseimas (como a minha mãe com morangos com chantilly ou a minha sogra com pernas de pau), mas de coisas que não comiam antes (nem voltaram a comer depois)?  Do A. tive desejos de sandes de manteiga de amendoim (coisa que abomino) com geleia.  Nunca mais comi!  Desta vez pensava que não ia ter nada do género, mas hoje dei comigo a comer algo de que nunca gostei e que o baby fartou-se de pontapear enquanto comia... beterraba! (em pickles, ainda por cima )

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Contra factos...





10h30 da manhã:

- Mãe, quero um gelado faz favor.
- Agora não!
- Mãe, quero um gelado faz favor.
- O que é que eu disse?
- Mãe, quero um gelado faz favor.
- Filho, já disse que agora não!
- Mas eu disse "faz favor".

Pois...

And the Oscar goes to...





O Pipoca esteve doente a semana passada.  A ajudar, está na altura das birras dos 3 anos e o Pai esteve a semana toda a trabalhar no turno da noite, pelo que, à hora de deitar, éramos só nós dois...  O que ajudou à cena seguinte:

estava eu a prepará-lo para a cama quando ele irrompe numa das suas birras, lágrimas a escorrer cara abaixo e choro dorido.

- O que foi, filho?
- Eu não quero ir para o Hospital.
- Mas tu não vais para o Hospital.  Já estás quase bom.
- Sabes porque é que eu não posso ir para o Hospital?
- Porquê?

Choro aumenta:

- Porque depois ficas sem o teu menino!

E nisto lança-se nos meus braços enterrando a cabeça no meu ombro, a soluçar.

Ora, eu não vejo novelas há mais de 10 anos, mas tendo assistido em primeira mão a esta representação, duvido que mesmo a TVI consiga cenas com tamanha carga dramática!

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Muito cuidado com o que se diz à frente das crianças...


O Pai trabalhou, há uns anos, na empresa de recolha do lixo.  Apesar de já ter saído há muito tempo, tem lá bastantes e bons amigos, alguns dos quais, quando o vêm, perguntam "Olha lá, quando é que voltas para o lixo?".  O Pai ri e responde "Qualquer dia volto".  O pipoca toda a vida ouviu isto, e nunca demonstrou surpresa ou curiosidade.  Mas ontem, estávamos os dois sozinhos em casa, chega-se ao pé de mim e diz:
- Mãe, o Pai diz que qualquer dia volta para o lixo.
- Ai diz?
- Sim... - a ficar choroso - Mãe, eu não quero que o Pai volte para o lixo.  Depois ficamos só nós dois!
Depois olha para mim, com o rostinho a iluminar-se com uma ideia, e conclui:
- Mãe, se o Pai voltar para o lixo, nós vamos ao caixote buscá-lo, está bem?

Eu até estava cansada, com uma moinha na cabeça e ansiosa pela hora da caminha...  Mas as gargalhadas genuínas que ele me arrancou com a sua inocência foram um bálsamo para a alma!